Hebo Imoxi Hebo Imoxi - Poema de Paz

A justiça sustenta, em uma das mãos, a balança
Com que pesa o Direito, enquanto na outra segura a espada
Por meio da qual se defende
A espada sem a balança é a força bruta
A balança sem a espada é a impotência do Direito
Uma completa a outra
O verdadeiro Estado de Direito só pode existir
Quando a justiça brandir a espada
Com a mesma habilidade
Com que manipula a balança
A verdade é a força pacífica e poderosa da paz por excelência
A paz é igual a uma grande roda humana
Onde tudo reluz, onde tudo irmana
Enquanto todos nós estivermos de mãos dadas
As armas estarão sempre no chão
Hoje, precisamos potencializar a pedagogia da esperança
Educar para a paz, para a tolerância, para a saúde
Mas isso é difícil porque não se aprende paz, saúde e tolerância para dar aulas
São valores legados pela vivência
E para vivê-los devem significar valores sociais
Visivelmente acima de todas as coisas
Não se pode educar para a paz dando gritos
Ou para a saúde com cigarro na boca
Ou para a tolerância com atitudes intransigentes
A educação através da percepção é o melhor caminho
Os alunos devem perceber no seu ambiente -
Que esses valores são do próprio sistema de vida
E que formam a base da sociedade

Quero uma dose de paz com um certo agrado
De amor, de felicidade e de sonho realizado
Quero partilhar com quem tem disponibilidade
De aspirar à paz com naturalidade
Para o resto, só quero justiça imediata
Por mais que as convulsões do sistema sejam ingratas
Imaginem um mundo diferente do que pensa a maioria
Com vários países, mas uma só cidadania
Várias culturas, uma só irmandade
Onde o respeito é o mosaico da igualdade
A paz, a harmonia e o bem estar social
Serão encontradas se seguirmos uma bússola moral
Que aponte na mesma direcção com frequência
Independente de modismos ou tendências
Mahatma Ghandi aconselhou do seu jeitinho
Não existem caminhos para a paz; a paz é o caminho!

Acredito em sonhos, não em utopias
Mas quando sonho, sonho alto todo dia
Acredito em sonhos, não em utopias
Mas quando sonho, sonho alto todo dia

Benditos são todos que não se culpam por terem falhado
Os que não atiraram a toalha ao tapete, embora cansados
Que não se torturam por terem sido contraditórios
Que não se odeiam por não terem sido meritórios
Não se pode chegar a paz pela ameaça
Terrorismo, engano, medo, violência
Uma vida que continuamente
Não se propõe a novas perguntas infelizmente
Deixa o homem trancado no porão do costume
Que tudo envelhece sem nenhum perfume
Ou no porão da política, que tudo suja e inunda
Ou no da melancolia, que tudo mata e afunda
Imaginem sentir compaixão pelo outro, por ser agradável
Por ser um sentimento absolutamente indispensável
A amizade é um sentimento com uma certa cobrança
Viver sem amigos é morrer sem deixar lembranças

Acredito em sonhos, não em utopias
Mas quando sonho, sonho alto todo dia
Acredito em sonhos, não em utopias
Mas quando sonho, sonho alto todo dia

Felizes os que saberem perdoar, por ser aquilo que adianta
Os que sabem que as guerras jamais serão santas
Os que aceitam o perdão com um coração acessível
Os que acreditam que o consenso é ainda possível
Os que provocam as guerras não acarretam suas sequelas
E na sua generalidade nunca pagam por elas
As armas não garantem a paz e é curioso
O poder enlouquecido também mata os poderosos
Imaginem que o diálogo seja tudo que queremos
Para abraçar aqueles que ainda podemos
Imaginem um lugar onde se prima pela igualdade
E os egos dão lugar à gratidão e a humildade
Imaginem um mundo onde o amor resiste à opressão
Enfatizando o consenso altruísta nas tomadas de decisão
O futuro está nas mãos dos que souberem dar
Às gerações de amanhã razões de viver e esperar

Acredito em sonhos, não em utopias
Mas quando sonho, sonho alto todo dia
Acredito em sonhos, não em utopias
Mas quando sonho, sonho alto todo dia